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Na manhã de 14 de março, uma sexta-feira, a influenciadora Laura Sabino estudava em seu quarto, em Belo Horizonte, quando sofreu uma tentativa de assassinato. Ela estava debruçada sobre um livro quando ouviu um barulho na sala de casa. Pensou que poderia ser o seu gato e levantou a cabeça para olhar. Mas o que ela viu, pela fresta da porta, iria assombrar sua vida para sempre.

Nos 20 minutos seguintes, Sabino seria atingida com pelo menos nove golpes de faca desferidos pelo próprio irmão, que ainda tentou queimá-la viva. As facadas perfuraram seu abdômen, braços e ombros. Não se trata, porém, de um episódio isolado de violência doméstica, mas sim o resultado de anos de ameaças sistemáticas que misturam misoginia, perseguição política e falhas crônicas do Estado, segundo ela relata.

Influenciadora Laura Sabino sobrevive a tentativa de assassinato

Documentos obtidos pela Agência Pública revelam que nem mesmo os cinco boletins de ocorrência, a inclusão no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos e uma medida protetiva concedida cinco dias antes do ataque foram suficientes para livrar a influenciadora da agressão que quase a levou à morte.

Com quase 1 milhão de seguidores nas redes sociais, Laura Sabino é uma das vozes mais conhecidas da esquerda na internet. Aos 25 anos, a estudante de História produz conteúdo sobre política desde 2019, e vários de seus posts “furaram a bolha” e viralizaram para fora do seu público – como quando fez um vídeo rebatendo argumentos do deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL) sobre o escândalo do INSS.

Naquela sexta-feira, a influenciadora havia comprado um bolo e preparado suco para receber o pai, que estava voltando de um pós-doutorado em Portugal. Sabino tem uma profunda iração por ele, que foi o primeiro da família com formação superior, depois de vender salgados na rua para ajudar na renda da família. Ele trabalhou como professor da rede pública mineira por duas décadas e, hoje, dá aulas na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde a filha também estuda.

Violência anunciada
Dois dias antes do ataque, um influenciador de direita com milhares de seguidores publicou uma fake news sobre Sabino, em que a associava a drogas e a acusava de maltratar funcionários de um prédio na Região Centro-Sul de Belo Horizonte (onde ela nunca morou). Ela desmentiu e anunciou medidas judiciais contra o autor do post, mas ainda assim, a mentira se espalhou como rastilho de pólvora.

Nas 48 horas seguintes, a influenciadora recebeu uma montanha de mensagens de ódio e sofreu a tentativa de assassinato. Para ela, os fatos podem estar relacionados. Durante o ataque, de acordo com a influenciadora, o irmão fez menções que remeteram à notícia falsa. “Ele disse que eu era um personagem da internet, que defendo patifarias, que por isso eu estava me fodendo na internet”, afirma.

Há anos a influenciadora é atacada nas redes sociais pelos seus posicionamentos políticos, o que quase sempre descamba para agressões e ameaças. Uma das situações traumáticas foi quando usuários anônimos viralizaram um vídeo pornô como se fosse ela nas imagens – na verdade, era apenas uma outra mulher ruiva.

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