A Justiça decidiu manter a prisão preventiva da policial penal Joneuma Silva Neres, 33 anos, ex-diretora do Conjunto Penal de Eunápolis, suspeita de facilitar a fuga de 16 detentos em 12 de dezembro de 2024. A decisão foi tomada durante audiência de custódia realizada nesta sexta-feira, 24 de janeiro de 2025. A defesa alegou que Joneuma está grávida, mas o pedido de soltura foi negado.
Joneuma foi presa na noite desta última quinta-feira, 23 de janeiro, no centro de Teixeira de Freitas, por determinação da Vara Crime e de Execuções Penais da comarca de Eunápolis, após solicitação da autoridade policial da 1ª Delegacia Territorial de Eunápolis, responsável pelas investigações. No dia seguinte, o ex-coordenador de segurança do mesmo presídio, Welington Oliveira Souza, também foi detido sob suspeita de envolvimento na fuga.
Ambos foram afastados de suas funções logo após a fuga e exonerados menos de um mês depois, conforme determinação da Secretaria Estadual da istração Penitenciária (SEAP). As investigações apontam que Joneuma Neres teria vínculos com uma organização criminosa da região, realizando reuniões com líderes de facções, concedendo benefícios a presos e permitindo entradas sem revista na unidade. Ela responde por associação criminosa e motim de presos.05
A fuga ocorreu em 12 de dezembro de 2024, quando homens armados invadiram o presídio. As investigações indicam que o objetivo principal era libertar Edinaldo Pereira Souza, conhecido como “Dada”, apontado como líder da facção criminosa Primeiro Comando de Eunápolis (PCE). Os outros 15 detentos que fugiram também integravam a mesma organização criminosa.
A defesa de Joneuma Neres, representada pelo escritório Arthur Nunes Advocacia Criminal Especializada, afirmou que está adotando todas as medidas legais necessárias para garantir a ampla defesa e o contraditório. Em nota, os advogados da policial penal destacaram o histórico profissional de Joneuma, descrito como marcado pela dedicação e conduta ética no serviço público.
A defesa também reforçou sua confiança na justiça e pontuou, que no decorrer do processo, apresentará provas materiais que vão comprovar a total inocência da ex-diretora frente às acusações. A defesa da policial penal também pediu à sociedade e à imprensa que aguardem o desfecho do caso com serenidade e total cautela, para que se evitem julgamentos precipitados.